25 de Abril ou a Revolução sui generis

Custa a acreditar que se fez uma revolução neste País :-) . Uma revolução muito peculiar, muito especial, tão nossa mas para o mundo inteiro. Uma revolução com flores à mistura, nos canos das espingardas. A confusão no Largo do Carmo nesse dia (há 35 anos atrás) é bem demonstrativa de tudo isto.

Como dizia o compositor, foi bonita a festa, pá. E eu dou por mim a pensar... Venha mais outra!

E como sempre, neste dia, os meus pensamentos estão contigo, Avô. Saudade eterna.

Blogar faz calos

Estou pasmada com o Twitter e com sua massificação. O mundo inteiro está no Twitter: eu :-D , a actriz Tina Fey, o Hugh Jackman (olá???!!!... :P), a Presidência desta República à beira mar plantada, os melhores comediantes da nossa praça (Markl, Bruno Nogueira, por exemplo), Barack Obama, um tipo chamado Marques (jornalista) que vive na Estónia, o realizador David Lynch... And the list goes on!

Já não tenho que me preocupar com a falta de inspiração que me impede de actualizar o blog! Em 140 caracteres ou menos posso dizer o que me vai na alma e imediatamente a seguir a clicar em update, pimba! , lá está ele: o meu tweet! :-D E assim vou eu, twype(*) twype twype, quando me dá na telha e onde me dá na telha, graças à Internet no telemóvel.


Tal como para o Blogger, foram-se desenvolvendo variadíssimas aplicações para o Twitter. Mas hoje descobri a minha salvação para descodificar tweets : o Twittonary!!!! O Twitter Dictionary aka Twittonary tem a explicação para a terminologia do Twitter, ordenada por ordem alfabética. Needless to say, estou extasiada com a twerminology(**).

Ups! Tenho que ir ver os updates no Twitter.

TWTBL ! (***)


(*) Type a tweet
(**) Twitter terminology
(***) Tweet back later

Para Electra (2009)

[Banda sonora do post: "Love is a battlefield", Pat Benatar]

Gostava de não me sentir tão cansada para te dedicar um post de aniversário como tu realmente mereces. Apelo ao lado esquerdo do peito que me inspire...

Então cá vai! Nesta mensagem, uma vez que me falta a energia, um discurso sem rodeios, verdadeiro, é o melhor caminho para produzir um post minimamente decente. A verdade é que a minha existência seria bem menos interessante se tu não me desses a honra de te chamar "amiga". Sim, é uma honra poder fazê-lo, poder acompanhar os teus passos decididos nesta vida, ver o optimismo com que encaras tudo, até os mais difíceis obstáculos.

Com ou sem expectativas, consegues sempre ver o lado positivo das situações. E quando este não existe de todo, chutas para a frente que atrás vem gente! Não se pense, no entanto, que não reflectes sobre as mesmas. Aliás, a tua capacidade de análise, a tua sensibilidade para as mais diversas questões, são duas das características que mais gosto na tua personalidade.

Como sou uma gaja muito invejosa (:P), invejo (e admiro) a tua maturidade e segurança. Tu sabes o que queres. Mesmo! Para a esmagadora maioria das pessoas, a vida encarrega-se de tomar as grandes opções por elas, basta que se deixem ir. Depois culpam a falta de sorte ou encolhem os ombros e dizem "olhe, foi assim"; isto é a "escolha" por exclusão de partes. Mas tu não, tu não és assim, tu não escolheste assim.

Acho que já te disse isto uma vez mas como estou a ficar desmemoriada, não me recordo bem de quando. Assim, agora vai por escrito para ficar gravado para a posteridade. Quando for grande quero ser como tu.

Não sei o que escrever mais, sinto-me pequenina perante a tua magnificência. Espero continuar a fazer parte da tua vida, minha amiga, e ser testemunha da alegria com que abraças o quotidiano! Embora pareça por vezes que estou a milhar de anos luz, estou aqui, atenta.

Feliz aniversário, Fernanda !!! :-)

Cuidado ao entrar

Título: "Infinito Particular"
Intérprete: Marisa Monte
Compositores: Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown/Marisa Monte

Porque já estou farta!...

Porque o conflito israelo-palestiniano não ficará por aqui, com cessar fogo ou sem cessar fogo.

Porque desde que me conheço por gente que oiço falar da "questão Palestiniana" (que deve ser como a "questão Africana" - por resolver ad eternum!).

Porque ainda se continua a por paninhos quentes, em vez de se chamar os bois pelos nomes.

Porque, cúmulo dos cúmulos, o conflito israelo-palestiniano já tem uma entrada na Wikipédia!!

Porque alguém com muito mais experiência de vida, sapiência e altruísmo ( e outros adjectivos que qualificariam um verdadeiro humanista) se deu ao trabalho de escrever um texto-denúncia, com pontos nos "is", "ts" traçados (e sim, chamando os bois pelos nomes), fica aqui este post com um excerto do texto de Fernando Nobre, fundador e presidente da AMI, publicado no seu blog.

"(...)

- Os jovens palestinianos, que são semitas ao mesmo título que os judeus esfaraditas (e não os askenazes que descendem dos kazares, povo do Cáucaso), que desesperados e humilhados actuam e reagem hoje em Gaza são os netos daqueles que fugiram espavoridos, do que é hoje Israel, quando o então movimento “terrorista” Irgoun, liderado pelo seu chefe Menahem Beguin, futuro primeiro ministro e prémio Nobel da Paz, chacinou à arma branca durante uma noite inteira todos os habitantes da aldeia palestiniana de Deir Hiassin: cerca de trezentas pessoas. Esse acto de verdadeiro terror, praticado fria e conscientemente, não pode ser apagado dos Arquivos Históricos da Humanidade (da mesma maneira que não podem ser apagados dos mesmos Arquivos os actos genocidários perpetrados pelos nazis no Gueto de Varsóvia e nos campos de extermínio), horrorizou o próprio Ben Gourion mas foi o acto hediondo que provocou a fuga em massa de dezenas e dezenas de milhares de palestinianos para Gaza e a Cisjordânia possibilitando, entre outros factores, a constituição do Estado de Israel..

- Alguns, ou muitos, desses massacrados de hoje descendem de judeus e cristãos que se islamisaram há séculos durante a ocupação milenar islâmica da Palestina. Não foram eles os responsáveis pelos massacres históricos e repetitivos dos judeus na Europa, que conheceram o seu apogeu com os nazis: fomos nós os europeus que o fizemos ou permitimos, por concordância, omissão ou cobardia! Mas são eles que há 60 anos pagam os nossos erros e nós, a concordante, omissa e cobarde Europa e os seus fracos dirigentes assobiam para o ar e fingem que não têm nada a ver com essa tragédia, desenvolvendo até à náusea os mesmos discursos de sempre, de culpabilização exclusiva dos palestinianos e do Hamas “terrorista” que foi eleito democraticamente mas de imediato ostracizado por essa Europa sem princípios e anacéfala, porque sem memória, que tinha exigido as eleições democrática para depois as rejeitar por os resultados não lhe convirem. Mas que democracia é essa, defendida e apregoada por nós europeus?

- Foi o governo de Israel que, ao mergulhar no desespero e no ódio milhões de palestinianos (privados de água, luz, alimentos, trabalho, segurança, dignidade e esperança ), os pôs do lado do Hamas, movimento que ele incentivou, para não dizer criou, com o intuito de enfraquecer na altura o movimento FATAH de Yasser Arafat. Como inúmeras vezes na História, o feitiço virou-se contra o feiticeiro, como também aconteceu recentemente no Afeganistão.

- Estamos a assistir a um combate de David (os palestinianos com os seus roquetes, armas ligeiras e fundas com pedras...) contra Golias (os israelitas com os seus mísseis teleguiados, aviões, tanques e se necessário...a arma atómica!).

- Estranha guerra esta em que o “agressor”, os palestinianos, têm 100 vezes mais baixas em mortos e feridos do que os “agredidos”. Nunca antes visto nos anais militares!

- Hoje Gaza, com metade a um terço da superfície do Algarve e um milhão e meio de habitantes, é uma enorme prisão. Honra seja feita aos “heróis” que bombardeiam com meios ultra-sofisticados uma prisão praticamente desarmada (onde estão os aviões e tanques palestinianos?) e sem fuga possível, à semelhança do que faziam os nazis com os judeus fechados no Gueto de Varsóvia!

- Como pode um povo que tanto sofreu, o judeu do qual temos todos pelo menos uma gota de sangue (eu tenho um antepassado Jeremias!), estar a fazer o mesmo a um outro povo semita seu irmão? O governo israelita, por conveniências políticas diversas (eleições em breve...), é hoje de facto o governo mais anti-semita à superfície da terra!

- Onde andam o Sr. Blair, o fantasma do Quarteto Mudo, o Comissário das Nações Unidas para o Diálogo Inter-religioso e os Prémios Nobel da Paz, nomeadamente Elie Wiesel e Shimon Perez? Gostaria de os ouvir! Ergam as vozes por favor! Porque ou é agora ou nunca!

(...)"

O texto integral pode ser lido aqui.